Um conceito cada vez mais relevante no debate sobre transformação digital e seu impacto nas organizações é o conceito de “maturidade digital”, que pode ser compreendida como o processo de aprendizado de uma organização para responder e se adaptar ao ambiente digital emergente.
Existem diferentes metodologias de mensuração de índices ou estágios de maturidade digital em organizações, já bastante presentes no meio corporativo. No campo cultural, o conceito tem ganhado atenção e adaptações para as especificidades do setor.
Antes de pensar em avaliar a maturidade da sua instituição cultural é preciso compreender três pontos básicos:
Em fevereiro de 2020, o Conselho de Artes da Inglaterra, com o apoio de uma rede de parceiros e realizadores, lançou o “Digital Culture Compass”, um conjunto de ferramentas para ajudar organizações culturais a avaliarem sua maturidade digital em diferentes aspectos.
Analisando o uso do digital em doze dimensões diferentes (por exemplo, comunicação, programação artística, captação de recursos, gestão de espaços físicos, gestão financeira, etc.) as organizações artísticas podem ser classificadas em 5 níveis de maturidade digital. Os níveis de maturidade vão do nível iniciante (quando a organização já incorpora alguns elementos digitais em suas atividades e sabe fazê-lo quando necessário) até o nível transformador (quando elementos digitais são usados para criar inovações ou para apoiar mudanças estratégicas na organização).
Uma outra iniciativa brasileira, específica do campo de museus, também foi lançada em 2020 pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Trata-se da criação de uma metodologia de diagnóstico da maturidade digital de museus no que se refere à digitalização e à gestão da informação de acervos. Para realização do diagnóstico, foi criado instrumento de coleta de dados em sete dimensões. Cada dimensão pode ser pontuada a partir de uma escala que vai de 1 a 4, sendo 1 o menor nível de estruturação institucional para a gestão dos acervos digitais, e 4 representando uma instituição mais estruturada digitalmente.
Em relação a este último ponto, uma instituição pode, por exemplo, ser digitalmente mais madura no que diz respeito à programação artística e comunicação (por exemplo, criando produtos digitais de qualidade e usando redes sociais de forma efetiva), mas pode ser imatura no uso de tecnologias para captação de recursos ou para cultivar um relacionamento com seus públicos.
Maturidade digital não significa, portanto, que uma organização cultural deva dominar todas as ferramentas, estar presente em todas as redes sociais ou implementar soluções digitais para todas as suas atividades. Significa, sobretudo, que o uso de qualquer ferramenta ou solução digital está alinhado com suas prioridades e que é adequado a suas capacidades e objetivos.
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